bruna spoladore
Bomba Suicida
“Bomba suicida” é um projeto que dá continuidade à parceria e questões emergentes no trabalho artístico de dança "Intimidade Dócil" das artistas Bruna Spoladore e Renata Roel. Para a investigação de movimentos e dramaturgia nesse trabalho de dança busca-se outras corporalidades, espacialidades e sensibilidades, fazemos uma analogia às nossas situações cotidianas de desconforto e instabilidade a fim de construir um estado de atenção e presença em cena o qual emerge justamente da falência dos planos, do estado de incerteza e da ausência de constância no qual vivemos. Desta forma nos interessa o corpo em estado de Risco.
Parece que estamos cada vez mais treinados a produzir planos e projeções e ao mesmo tempo lidar com a falência dos mesmos.
Que tipo de tônus esse estado transitório de projeções e adaptações nos gera? Seria essa uma questão da contemporaneidade? Como lidamos com esse estado de risco nas situações mais sutis do nosso cotidiano? Como nos desestabilizamos com pequenos deslocamentos e sensações? Como podemos nos arriscar na dança?
Há um desejo nesse processo compositivo de dança contemporânea de experimentar o risco, o desconforto, dizer coisas difíceis para nós e para outros e para tanto, durante o processo, procuraremos transformar hábitos desenvolvidos para lidar com situações não planejadas, bem como iremos dançar sobre um chão instável, isto é um chão que oscila e treme.
Partindo destas questões e vontades que se configuram como necessidade estética e dramatúrgica para nosso assunto de interesse, convidamos duas artistas para compor a equipe principal deste projeto: Elke Siedler e Patricia Tristão, as quais vem diretamente de encontro com as questões tratadas acima. A artista da dança catarinense Elke Siedler, que vive e trabalha em Florianópolis, é convidada para propor interferências dramatúrgicas durante a criação por se interessar, em sua pesquisa teórico/prática, pela instabilidade e imprevisibilidade, tratando a incerteza como condição para criação em dança contemporânea.
Já a artista visual Patricia Tristão é fundamental para este trabalho no que se trata da construção da “cenografia”, uma vez que neste trabalho o cenário é um ambiente, isto é, um entorno relevante. O ambiente “não é para o corpo meramente um espaço físico disponível para ser ocupado, mas um campo de processos em que, instaurado pela própria ação interativa dos seus integrantes, produz configurações de corporalidade e ambiência” (BRITTO, 2010, p. 14). O cenário é um parceiro ativo que mobiliza, desestabiliza e transforma os bailarinos, assim como é transformado por estes.
Este projeto foi contemplado com o Edital de Produção em Dança 2013 da Fundação Cultural de Curitiba
Para maiores informações acesse: http://mexidanca.wix.com/bombasuicida
Ficha Técnica:
Criação, concepção e performance: Renata Roel e Bruna Spoladore
Interferência Dramaturgica: Elke Siedler
Colaboradoras Artísticas: Olga Nenevê e Candice Didonet
Concepção de Cenografia: Patrícia Tristão
Concepção de Figurino: Eduardo Giacomini
Trilha Sonora: Demian Garcia
Designer Gráfico: Thalita Sejanes
Assessoria de Imprensa: Fernando de Proença
Propositora de Investigações Corporais (Mapas de criação): Rosemeri Rocha
Propositora de Investigações Corporais (Aikido) : Mônica Infante
Registro e Edição em Vídeo: Bem te vi
Produção Executiva: Expressão Produção Cultura


